Santiago perde o artista Oracy Dornelles

03/06/2019 14h18min

O escritor, escultor, caricaturista e micropintor Oracy Dornelles foi colaborador da URI Santiago durante 12 anos

Amigos e familiares se despedem de Oracy Dornelles. Ele morreu na noite deste domingo (02), após sofrer infarto e não resistir devido à saúde fragilizada há meses. Aos 89 anos de idade, ele deixa um legado grandioso para Santiago, a Terra dos Poetas. Nas ruas da cidade dá para observar esculturas de sua autoria, feitas em aço. Uma delas chegou a ganhar, em 1992, uma medalha da Associação Nacional de Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A escultura Monumento a FEB é um grande pássaro mutilado, com duas cabeças, instalado numa coluna com o emblema da FEB. 

A URI, onde ele trabalhou no período de 1998 a 2010, na biblioteca e no curso de Letras, também guarda algumas de suas obras. Logo na entrada do câmpus, há uma caravela feita em ferro. Mesmo sem ter cursado faculdade, Dornelles sempre foi bastante valorizado pela instituição. “É com muito pesar que a URI se despede de Oracy, quem muito engrandeceu a trajetória cultural de nossa IES e da nossa cidade. Uma das figuras mais significativas da cultura literária, o dono da métrica perfeita e com projeção nacional, aonde ficou conhecido como micropintor e adestrador de pulgas, pois ele pintou em grãos de soja, cabeça de alfinete, fio de cabelo, inclusive um circo de pulgas”, lamenta a diretora-geral do Câmpus, professora Michele Noal Beltrão. Ele também é autor dos murais que decoram a URI: Sepé Tiaraju, Chula, Chimarrão e Roda D'Água.

Patrono de Honra da Casa do poeta Caio Fernando Abreu e homem de personalidade forte, Oracy Dornelles também era amante dos cães, música, astronomia e a natureza. Dornelles completou 65 anos de poesia em 2019. Ele ficou eternizado com sua marca na Calçada da Fama, em 2012. Seu primeiro livro, Agonia das Trevas (1954), também foi o primeiro livro editado na cidade.

Ele foi autor de 13 livros: Agonia das Trevas (1954), Belkiss (1955), Ninguém e Mais eu (1959), Poemas Opus 4 (1981), Poesia a Dois (1984), Cantares Ares (1992), Antologia a (2000), Cânticos do Hoje (2006), Páginas Impossíveis (2008), 320 caricaturas menos uma (2009), Poesias Novíssimas e Antycquas (2009), Epitáfios e Últimos Poemas (2010) e o último, Poesia y Chrônica (2011). 

O velório de Oracy está ocorrendo no Salão de Atos da URI, com previsão de sepultamento às 17h30min, no Cemitério Municipal.

 







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