A temática abordada trouxe diversidade acadêmica para a plateia
Na terça-feira (11), os Cursos de Enfermagem, Biomedicina e Farmácia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Santiago, promoveram a aula inaugural dos cursos da saúde para marcar o início do primeiro semestre das atividades acadêmicas na Universidade.
A noite foi marcada pela presença de Rafael Sbarai, jornalista, Mestre em Tecnologia e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero e especialista em Inovação pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), que compartilhou insights valiosos do mundo da inteligência artificial (IA) e seus reflexos e desafios para a área da saúde.
- O futuro da saúde, assim como das demais áreas do conhecimento, está diretamente ligado à capacidade de inovação e integração. Profissionais que dominam não apenas o conhecimento técnico e científico, mas também as ferramentas tecnológicas, serão os protagonistas dessa nova era -, afirmou Sbarai, durante sua palestra.
Devido à abrangência e importância da temática apresentada, os Cursos de Ciência da Computação e Estética e Cosmética da Universidade também participaram do evento, o que expandiu os questionamentos sobre o assunto abordado.
Os debates se estenderam por diversas áreas do conhecimento, passando pela proteção de dados e informações no ciberespaço. A professora Carla Castanho, gestora do Polo EAD da URI Santiago e docente do Curso de Ciência da Computação, trouxe a importante questão sobre o vazamento de informações pessoais e dados, trazendo para a palestra a relevância da Lei 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Em um cenário em que a inteligência artificial cada vez mais se integra aos sistemas de saúde, a proteção dos dados dos pacientes se torna uma preocupação central. A LGPD, que entrou em vigor em setembro de 2020, estabelece regras rigorosas sobre o tratamento e a segurança dos dados pessoais, incluindo os dados sensíveis relacionados à saúde. A lei garante que o compartilhamento e o armazenamento de informações pessoais sejam feitos de forma transparente, segura e com o consentimento explícito dos indivíduos, visando minimizar riscos como o vazamento ou o uso indevido desses dados.
Rafael também destacou a importância da LGPD para a segurança dos usuários das tecnologias digitais. A lei colocou o Brasil em igual condição de direitos e obrigações para transferências de dados com os países da União Europeia (UE), que já têm seus cidadãos protegidos pela General Data Protection Regulation (GDPR) desde o ano de 2016. As legislações em questão trazem regras de adequação para a transferência de dados, o que torna as transações internacionais mais protegidas e comprometidas com a privacidade dos dados de seus cidadãos.
Assim, a noite que teve início com debates pertinentes à área da saúde seguiu com falas que abrangeram diversas áreas do conhecimento, tornando o evento um momento de trocas transdisciplinares, onde os impactos das IAs percorreram ambientes e realidades diferentes, demonstrando a importância da temática escolhida para a discussão no ambiente acadêmico.