Indicação Geográfica do mel: um trabalho de inovação que conta com diferentes instituições e entidades

12/08/2021 19h08min

Ferramenta coletiva busca a valorização deste produto tradicional da região

Na última terça-feira, 10, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) realizou, através do Instituto Inovates, o Diagnóstico da Indicação Geográfica do Mel do Vale do Jaguari. A atividade ocorreu na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus Santiago. O diagnóstico contou com a participação de membros do SEBRAE RS, SEBRAE Nacional, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e do Instituto Inovates, todos, de forma remota, sendo que estiveram na universidade, de maneira presencial, representantes do Arranjo Produtivo Local do Mel e da Associação Regional Santiaguense de Apicultores (ARSA), Cristiano Rossignollo e Iara Dutra, do poder público, vereador Fernando Oliveira, do Instituto Federal Farroupilha, professor Henrique Tamiosso Machado, e da URI Santiago, professores Higor Machado de Freitas e Júlio Cesar Wincher Soares, este, inclusive como gestor do Polo de Modernização Tecnológica Vale do Jaguari.

O Diagnóstico da Indicação Geográfica é uma ferramenta coletiva que busca a valorização de produtos tradicionais de uma determinada região. Sua função é agregar valor ao produto, bem como, proteger a região produtora. Trata-se do reconhecimento de produtos produzidos em agroecossistemas que apresentavam qualidades particulares, atribuíveis à sua origem geográfica, e começaram a ser denominados com o nome geográfico que indicava sua procedência.

O fortalecimento da cadeia apícola no Vale do Jaguari, uma luta e desafios constantes na região, passa por diferentes iniciativas. Primeiramente, foi constituída a governança do APL do Mel, em uma articulação de associações de apicultores, poder público, EMATER, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e URI Santiago. Posteriormente, foi desenvolvido, na URI Santiago, o projeto Fortalecimento da Cadeia Apícola, que, com aporte de recursos da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT - RS), desenvolveu soluções para o diagnóstico georreferenciado da cadeia apícola, incremento do pasto apícola e qualificação dos atores envolvidos. Outro projeto reconheceu a diversidade de abelhas nativas e as suas interações com os agroecossistemas regionais.

E como a valoração dos méis produzidos no Vale do Jaguari é uma das demandas da cadeia apícola, inicia-se agora uma nova caminhada: a obtenção da Indicação Geográfica. Ela conta com o apoio de diferentes atores da quadrupla hélice de desenvolvimento: APL do Mel, ARSA, INPI, poder público, Sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), IFFAR  e URI Santiago.

 

Mais:

As abelhas possuem grande importância na cadeia alimentar global, na produção de commodities e de produtos da agricultura familiar. Seus serviços econômicos e ambientais passam principalmente, pela polinização cruzada, que participa da evolução da maioria das espécies vegetais.

No Brasil, a atividade apícola teve início em 1839, quando o padre Antônio Carneiro importou colmeias de Apis Mellifera da região do Porto, Portugal. Posteriormente, a atividade avançou para o interior do país e na região agroecológica do Vale do Jaguari, com o trabalho intenso de imigrantes europeus, ocupou o limite austral da Mata Atlântica e as pradarias do Pampa.

Atualmente, o Vale do Jaguari é referência nacional e internacional na produção de méis de alta qualidade, sendo o terceiro maior produtor brasileiro. A Cadeia Apícola do Vale do Jaguari, beneficia direta e indiretamente milhares de pessoas, produzindo, distribuindo, comercializando e exportando méis de alta qualidade. A diversidade de méis premium é fruto da biodiversidade da flora apícola, que conta com espécies nativas do Bioma Pampa e da Mata Atlântica, proporcionando agradáveis experiências sensoriais, com sabores construídos em consonância com a valoração socioeconômica, cultural e a conservação ambiental.

 

Fotos:

1- Crédito: Bióloga Rubia Pozzatto

2- Crédito: divulgação

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Fonte: Núcleo de Comunicação






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